O Mistério da Conspiração Esquecida

O Mistério da Conspiração Esquecida

O Mistério da Conspiração Esquecida

Franco Editora (2006)
2ª edição (2007)
3ª edição (2011)
3ª edição – 1ª reimpressão (2014)
Ilustrações da autora
Coleção Leitores Jovens
148 p. 16 X 21cm

  • Finalista do Concurso João-de-Barro 2001

Dois mistérios ligados entre si, mas separados pelo tempo, formam uma história repleta de enigmas e suspense, narrada de forma original, onde a verdade está nos olhos de quem vê.

Um atropelamento suspeito no presente. Um grupo de conspiradores desaparecido no passado. A partir do que parecia ser apenas um acidente, cinco adolescentes se propõem a desvendar uma trama de amor, amizade e traição, iniciada no tempo da Inconfidência Mineira.

  • +Armazém Literário - resenha

    A verdade está nos olhos de quem vê
    Por Fernanda Garrafiel

    Na pequena cidade mineira de Ouro Claro, antes que Tiradentes arquitetasse sua Inconfidência Mineira, aconteceu a primeira conspiração que pretendia separar Minas do resto do país. Como todos os seus participantes desapareceram misteriosamente, sem deixar rastros nem concretizar seus ideais, a conspiração de Ouro Claro ficou esquecida e não chegou aos livros de história que estudamos.

    Após presenciarem um atropelamento suspeito, cinco adolescentes do Colégio Santa Sophia, responsáveis pelo jornalzinho da escola, embarcam em uma aventura na cidade de Ouro Claro, para desvendar os dois mistérios que estão entrelaçados, apesar de separados por duzentos anos. Esta é a história central de O Mistério da Conspiração Esquecida, novo livro de Glaucia Lewicki.

    Com uma narrativa ágil, diálogos inventivos e uma trama interessante, o leitor é levado a devorar rapidamente as 150 páginas do livro. Ao final de cada capítulo há um gancho que o obriga a ler o seguinte imediatamente ou morrer de curiosidade para saber qual o próximo passo da turminha de futuros jornalistas.

    Os cinco personagens têm personalidades bem marcadas e isso é muito importante para o estilo de narrativa adotado pela autora. Milena, a líder do grupo; Maria Luíza, fútil e vaidosa; Catarina, estranha, mas muito inteligente; Marco, o único rapaz da turma, porque não existe uma boa história sem uma pitada de romance e Laura, a vilã, ingrediente que também não pode faltar. O que torna a construção do livro original e fascinante é que cada um desses personagens narra uma parte da história em primeira pessoa, dando sua versão dos acontecimentos e sua opinião sobre as pessoas que o compõem. No título de cada capítulo temos a informação sobre qual personagem está contando o trecho, mas, à medida que vamos conhecendo cada um, identificamos seu modo de falar e de agir.

    Não só de aventura e ação se faz um bom livro. Através da visão de cada personagem, podemos perceber a formação do caráter de uma pessoa, a construção de seus objetivos através de suas influências e de sua percepção de mundo. Acima de tudo, ao longo da história, O Mistério da Conspiração Esquecida ressalta a importância da ética e da integridade, tão esquecidas nos dias de hoje, mas que deveriam estar acima dos interesses e projetos pessoais. Mensagem que essa nova geração, público a quem o livro se destina, precisa aprender melhor do que nós, que convivemos pacificamente com o jeitinho (torto) brasileiro de resolver as coisas. Afinal, estamos passando para esses adolescentes a oportunidade que perdemos de mudar o mundo.

  • +Curiosidades sobre o livro

    Foi escrito em apenas duas semanas chuvosas do verão de 1999. Até ser publicada, a história sofreu algumas modificações. Mas sua espinha dorsal (os personagens, a solução do mistério) permaneceu a mesma.

    Com o título A Conspiração Esquecida, participou do Concurso João-de-Barro, edição 2001, sendo um dos dez finalistas escolhidos pelo júri adulto. Eram 638 concorrentes de todo Brasil, incluindo escritores já consagrados. Eu não tinha nenhum livro publicado.

    Quem me informou sobre o concurso e leu pacientemente cada versão feita por mim foi meu primo Rodrigo. O livro é dedicado a ele, “que acreditou”. Anos mais tarde, Encantos e Encrencas com a Branca de Neve foi dedicado à filha dele, Beatriz.

    O texto era narrado, originalmente, na 3ª pessoa. A decisão de fazer cada personagem narrar um capítulo veio da ideia de tornar o texto mais interessante para ser enviado para um concurso. Originalmente, a personagem Laura não participava da narração.

    O desenho da folha de rosto foi feito por mim, mas é assinado pela personagem Maria Luíza, que gosta de desenhar.